quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Notas fiscais merecem investigação

Veja o que diz o Jornalista Érico Valduga a respeito do arquivamento do pedido de impeachment do vice-governador Paulo Feijó

Indícios concretos de irregularidades apontados por auditoria judicial foram desconsiderados na avaliação do pedido de impedimento do vice Paulo Feijó

O presidente petista da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan, teria usado “dois pesos e duas medidas” ao decidir em favor da admissibilidade do pedido de impedimento contra a governadora Yeda Crusius, e pela não-admissibilidade do pedido contra o vice-governador Paulo Feijó. Este é o argumento político do deputado Coffy Rodrigues (PSDB), que recorreu ao plenário da segunda decisão. Quem examinar o recurso, que será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de ser votado por todos os deputados, perceberá que a argumentação do tucano está baseada em uma preliminar de lógica elementar, de fácil demonstração. No caso que interessa à oposição, o oposicionista que dirige a Mesa viu elementos de violação da lei, coisa que a Justiça não constatou até agora, e nem nós, prezados leitores, que acompanhamos o episódio todo. No caso que não interessa à oposição, porém, preferiu fechar os olhos a elementos que não só existem, ao contrário da outra avaliação, como também foram apontadas pela Justiça Federal de Canoas como indícios concretos de malfeitorias, e que, portanto, deveriam ser investigados pelas promotorias e pelo Poder Legislativo. Ressalte-se que a recomendação judicial, inexplicavelmente desconsiderada, decorreu de auditoria que examinou os negócios do vice-governador-empresário com a Ulbra. O recurso do parlamentar refere que a empresa SGN Administração e Comércio Ltda., que emitiu notas fiscais no valor de R$ 90 mil em nome da APF Participações, em agosto de 2007 e março de 2008, encontrava-se inativa desde 31 de julho de 2007. As duas firmas são de propriedade do vice-governador. A ser correta a informação da auditoria, reproduzida pelo deputado tucano, terá havido no mínimo fraude contra o Tesouro – que o oposicionista que preside um dos poderes que governa o Estado não percebeu (é este o verbo correto?), a exemplo dos ministérios públicos e de jornalistas experientes.

Fonte: Site www.ericovalduga.com.br / 14/10/2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário